Os sintomas persistem, mesmo quando os exames mostram resultados “normais”, por várias razões. Isso pode acontecer devido a diversos fatores que não são facilmente detectados em exames convencionais.
Aqui estão algumas explicações possíveis:
- Condições subclínicas ou iniciais
Algumas doenças podem ainda estar em estágios iniciais, onde os exames não são sensíveis o suficiente para detectar problemas. Nesse caso, o corpo começa a apresentar sintomas antes que haja alterações laboratoriais significativas.
- Distúrbios funcionais
Existem condições em que os órgãos ou sistemas do corpo não apresentam alterações estruturais, mas não estão funcionando corretamente. Exemplos incluem a síndrome do intestino irritável, enxaquecas ou disfunções hormonais que não são detectadas facilmente por exames.
- Problemas psicossomáticos
O estresse, a ansiedade e outros fatores emocionais podem causar ou agravar sintomas físicos, como dor, cansaço ou dificuldades digestivas. Esses sintomas podem ser reais, mas não são visíveis em exames de rotina.
- Intolerâncias e sensibilidades alimentares
Problemas como intolerâncias alimentares, como lactose ou glúten, podem causar sintomas persistentes, mas não são identificados facilmente em exames laboratoriais comuns.
- Doenças autoimunes ou inflamatórias
Algumas doenças autoimunes, como artrite reumatoide ou lúpus, podem não ser diagnosticadas com exames iniciais, pois os sintomas podem não ser suficientemente evidentes para os testes.
- Exames inadequados para o diagnóstico
Dependendo do tipo de sintoma, os exames realizados podem não ser os mais adequados para identificar a causa subjacente. Exames mais específicos podem ser necessários para identificar problemas que não aparecem em exames mais gerais.
- Fatores de estilo de vida
A alimentação inadequada, a falta de sono ou o sedentarismo podem ser causas de sintomas persistentes que não são detectadas diretamente em exames de rotina, mas afetam o bem-estar físico e mental.
Quando os sintomas persistem, é importante buscar uma abordagem mais abrangente, com novos exames, avaliação de hábitos de vida e, às vezes, uma análise mais aprofundada do histórico clínico.
Em alguns casos, uma segunda opinião médica pode ser necessária.
Dra.Vitória D’Avila
Médica | CRM 49286